sexta-feira, 2 de julho de 2010

O ego e o mar

De javu de busca já tive,
esqueci alguma coisa, não lembro,
talvez perdi ou deixei,
meus sentimentos alienei,

de tanto planejar me cansei,
pra ser alfa ou beta,
agressivo ou romântico,
nos dois polos desse cântico,

tarde de sol, de forte areia branca,
deitado na calçada sem relógio,
pra desapegar do tempo que deixei,
ou do presente que ainda não ganhei,

olho pro teu espelho e vejo,
meu rosto com muito zelo,
imenso e sábio pra entender,
o por quê do meu querer ser,

de força arredia, extremista,
ego malvado, líder nato,
escalibur de desejo, corte afiado,
não tem medo, muito menos educado,

complexo, sem nexo, sou no mar,
no meu próprio pensar,
não me maltrato, apenas escuto,
o eco do meu coração, na concha de platão,

de todos animais selvagens,
o homem jovem é o mais difícil de domar,
já tentei, me debrucei e rolei,
agarrei teu pescoço, mas cansei,

Ressaca de verão, ímpeto cruel,
tu explodes na rocha das memórias,
na inquietude da imaginação,
para e escuta o mar...teu "eu" na imensidão!

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