quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dois corpos

Extensão do meu peito,
mover leve, baila comigo,
pássaro que brinca no ar,
eu quero voar contigo,

pelo vento amigo,
tocar o algodão do céu,
e de lá não descer, permanecer,
nos teus lábios de mel,

como pode teu quadril encaixar,
relaxar, no meu se encontrar,
como no balanço do barco,
me levar a outro lugar,

minha flor, pureza,
vou te guiar pelas correntes,
trilhas da minha mente,
juntos, eu e você, pra sempre,

desvendar, me procurar,
me perder, teu olhar,
me encontrar, te exaltar,
contigo viver o amanhecer,

equilibra teu caminhar,
pra ir junto do meu passo,
pois sou teu rei, te levo,
pra que esperar, vamos dançar,

sem vela, nem preza,
mas inteiro, no cheiro,
no gosto que tu gosta,
da minha boca serenata,

de amor, por ti, serei,
teu norte, tua sorte,
amigo-amante, sutil
fortaleza, guloso, viril,

se entrega de vez,
toda, agora, minha,
de qualquer forma,
teus segredos talvez,

quando te domo pela crina,
fina, que amarro na mão,
voz gostosa, teu sussurro,
no fim -- Ai, não para não,

transborda e treme, meu uivo,
abraço gostoso, teu rosto e carinho,
dois corpos,
um gozo!

sábado, 19 de junho de 2010

Dor de poesia

Dor nos versos, que mal saem da minha boca,
sem o prazer da manhã de ontem,
Por que bates a minha porta se não te chamei?
da onde veio, que permissão eu lhe dei?

Tu silencias minhas ideias a pesa no meu pescoço,
enlouquecida, egoísta, range os dentes
pede atenção incondicional que não nego,
bruta tu eleges, pela tua cartilha,

--companheira do meu melhor,
isso é pretexto que agora entendo,
e aceito como nobre cavaleiro,
suavizando os mesmos versos, prometo,

presente de grego, relembro,
do que pensei e fiz,
pra então mudar, reeditar,
graças a tua ajuda, me libertar!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ser ecologista

Já foi o tempo que ser ecologista era ser taxado de diferente, de estranho. No começo do desenvolvimento do PV no Brasil, Sirks e Gabeira eram vistos como estranhos, ou diria agora, gênios. A política nacional ainda intoxicada e sem esperança de sair do trauma da ditadura e ciclo vicioso de uma direita medonha e populista, começa a enxergar a luz no horizonte e deposita no PT a esperança já tão maltratada pelo tempo.

A agenda vem mudando de figura depois de então, desmatamento acelerado, escassez de recursos hídricos, falta de energia e inúmeros acidentes naturais depois, o homem standard mundial começa a “querer parar” pra pensar no amanhã. Hoje em dia tudo que é estranho a um desenvolvimento sustentável é taxado de diferente. Já vimos que se esse ritmo de consumo material e de crédito desenfreado continuar, ficará ainda mais difícil de recuperar, ou diria impossível. A bolha imobiliária nos EUA e a crise na Grécia são apenas indícios de que o sistema atual está falido, ou na verdade beneficia poucos.

A força integradora da América do Sul nada mais é do que a Amazônia, o que realmente é o ponto comum entre quase todos nós. Ser pró Amazônia é ser inteligente e estratégico. O compromisso comum é de preservá-la e desenvolve-la. Assim também é o compromisso do Brasileiro, de incentivar e promover a biodiversidade, não só no campo material, mas também no campo de ideias, sustentáveis e de iniciativas concretamente verdes, pró libertação do sistema.

A consciência humana está sofrendo uma virada de rumo que não se via desde que foi inventado o fogo. Temos que parar de consumir tanto e redesenhar nossa linha de montagem. Isso significa ser menos teimoso e mais inteligente. Uma vez que sabemos o que é certo fica difícil fazer o errado, mesmo que signifique cortar a própria carne. E o ser humano se vê literalmente nesse paradigma, se desfazendo do que um dia lhe serviu e vestindo uma nova roupagem, que lhe servirá para os anos por vir. É preciso mudar. Essa palavra tão difícil hoje em dia, parece um palavrão entre os egos inchados.

A Terra não vai acabar, mas as mudanças climáticas ou espirituais, não irão deixar de escolher as nações a serem afetadas. É preciso encarar essa nova fase como muito mais que material. A questão é pura e simplesmente filosófica, ter menos para que outrem possa ter -- não digo nem mais, apenas ter. Pensar no outro é pensar em si, “ajudar o outro é ajudar a si mesmo”. Essa frase nunca teve tanto sentido num mundo sistemicamente integrado onde governos e bancos se equilibram entre o dever de ajudar e o autoflagelo. Tudo as custas do contribuinte que paga a conta sem nem ter consciência disso.

Consciência é ter uma visão clara do tempo em que vivemos. Aquém do que podemos pensar sobre a verdade, que é sempre construída pelo tempo. A consciência luta constantemente contra o ego, que é envaidecido pelo tempo. Esse tempo...esses dois, consciência e ego, coabitam o mesmo lugar, em nossa mente, mas sempre um deve prevalecer e o ego é quem se faz cortez, para sofrimento e loucura geral.
Cortesia e ecologia. Ser ecologista deixou de ser taxado como vagabundo, maconheiro ou bicho solto. Olha lá aquele cara, --tá viajando, deve ser ecologista, na certa. Mas esse bicho, graças aos gênios, tiveram cria, e mais crias. E a consciência se fez ouvida. Na verdade, a consciência e espiritualidade de uma pessoa são muito mais densas que um mero comentário pode explicar. Extremamente contraditório e intenso que um pincel não pode deslizar ou poesia pode recitar.

A história de Marina Silva faz parte dessa ala tão ignorada pela direita populista quanto pelo PT governo –bem diferente do PT oposição. Como a mensagem que é passada ao resto do mundo, essa jovem democracia, passou por vários testes, beijou a morte e trilha hoje o caminho da vitória. Uma ideologia de transição lapidada pelo esforço de uma seringueira, estratégica, capaz da integração da Amazônia como aliado do Brasil e base argumentativa da soberania da América do Sul.

Ser ecologista é começar a entender que estamos sobre o mesmo teto, que não existem barreiras para o vento nem para as águas, que o morro que desaba aqui produz a mesma matemática na China. Ser ecologista é ser altruísta, benevolente, depois de valente, é estar perto, em todos os lugares, é estar junto, só por que na verdade estamos. Então, por que nossos corações ainda estão tão longe?

O tempo de ser ecologista chegou e não há nada mais forte que uma ideia cujo tempo chegou.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Cabofriense por paixão!


Cabo Frio, minha terra amada,
Tu és dotada de belezas mil,
Escondida vives num recanto,
Sob o manto deste meu Brasil...

Noites Claras teu luar famoso,
Este luar que viu meus ancestrais...
O teu povo se orgulha tanto,
E de ti, não esquecerá jamais...

Tuas praias, Teu Forte,
Olho ao longe e vejo o mar bravio
A esquerda um pescador afoito,
Na lagoa que parece um rio...

O teu sol, que beleza!
No teu céu estrelas brilham mais...
Forasteiro, não há forasteiro,
Pois nesta terra todos são iguais...

Hino é cântico, é alegria, que passa em versos a emoção do poeta, do meu pensamento enquanto sento na parede do Forte São Matheus e vejo com olhar Português, o devaneio de avistar o paraíso, a nau mais perto da virgem salina. Sim, vim com a fragata, pois sou Figueira, da Foz, do começo, da Ilha da Madeira --que visão divina --que areia é essa! No tom sur tom da tua roupa azul turquesa, que beleza, me intrelaço nos teus laços de folhagem lisa, na brisa fria, a cabo do teu acaso.

Quem vem a Cabo Frio não se esquece jamais, das tuas mil facetas, cores e veredas. De deixar homem louco, pra largar tudo e abraçar o paraíso, sem dó, sem pudor, sem medo, sem conceito de risco. Só pra poder pescar, com isca de humildade, e anzol de sacrifício, o peixe dourado da paz, de espírito. Saboreia o gosto de fazer, no lugar que escolheu. Dádiva maior não almejo. Pois aqui é terra de poeta, música e história, não se apaga, aqui transborda.

Eu adoro chuva em Cabo Frio, apagão então, espero com emoção, pois assim eu vejo as estrelas mais brilhantes do céu a ponta dos meus dedos tocar, como se mais perto dos meus sonhos eu pudesse ficar.

Forasteiro, aqui não há, pois somos brasileiros, Portugueses, índios e negros, como o Figueira que é Imperial, avó ìndia laçada e avô mulato truncudo, do beiço roxo, carnudo. Na verdade somos muito mais, amarelos, belgas, burgueses e por ai vai...

O que nos faz Cabofrienses é a opção, é o desespero e a ânsia de fazer parte, de desfrutar ainda mais do que Deus nos deu, o que o pescador mereceu, provocação que tuas paisagens me fazem, de amar um lugar e fazer parte dele, ser acolhido pela família ou pelo cobertor anil, um céu de deleite nessa noite fria. Me ilumina pelo brilho das tuas estrelas ou pelo calor do sol me aquece o corpo e bronzeia aquela pele salgada, imprime tua marca de Brasilidade, na abundancia, te revelas, formosa na tua imensidão.

Cabo Frio, mais que opção, eu te amo é de paixão!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Andrea

Escrever é preciso, assim como navegar,
Que Deus te ilumine -na verdade continue,
que você tenha paciência,
muita complacência, nesse desenrolar

pois sim, um pouco de displicência,
pois ninguém é de ferro,
é sim, você, brasileira,
do tamborim que solta o quadril,
sem medo do vil, do vão...
desejo de ser feliz,
loucura desse Brasilzão,

solta teus cabelos,
teus desejos, entrega teus medos,
bota saia rodada iáiá,
e vem pro samba sambar,

pois é copa, é Brasil,
é você aqui, índia,
jambo de São Paulo,
bandeirante imponente,
mulher guerreira,
amazona carente,

do meu som, do meu olhar,
pois sou Brasil,
de cores e flores,
de dotes e fortes como tu,

que chamo ao regresso,
e penso, num verso,
saborear o que no tio Sam não há,
pois sabiá lá, não achará,

tu tens minha pele e sorriso,
alma sorridente,
baila comigo ardente,
pois no peito terás,

o meu desejo do braço forte,
do filho que luta contra morte,
que não foje a labuta,
que não resmunga, batuta,

seja bem-vinda ao teu pranto,
ao pensar dos teus pensares,
da selva de pedra te afastei,
pois a ti missão eu dei,

do teu esforço fiz lágrima,
e tua prece sussurada,
fez vontade, pois já é tarde
de voltar a tua terra AMADA!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Amigo da dúvida


Amigo da onça, de caminhar leve e felino,
sorrateira, traiçoeira,
de olhar fixo nos meus movimentos,
pra onde ir, o que fazer, vergonha de ser,

Se a um passo me opuser,
lá esta ela pra me instigar,
me maltratar, me machucar,
me desorientar com seu olhar malicioso, gostoso,

O velho do rio me orienta,
a bela pintada está sedenta,
se não pode lutar, deita-te com ela,
beijo suas patas e me faço companheiro,
pois o que é a vida sem centeio?

rusticidade e capacidade de adaptação,
em condições de ambiente menos favoráveis,
de espiga longa e flexível,
darei a onça o que é cabível,

no mudar dos movimentos,
a onça vê um homem,
ereto e virtuoso, um esboço,
do que quer ser um dia, um colosso,

deixo que ela chegue mais perto,
aprendo a entendê-la, a tê-la companheira,
abro a guarda e ela chega ao meu pescoço,
selvagem e impiedosa, como se faz,

ela olha no meu olho,
com paixão e mistério,
de quem espera para se doar,
ao mais nobre do império,

então, sinto sua respiração,
passando pela minha orelha,
não mais ofegante, deslumbrante,
sem pudor, ira ou espinheira,

deitado na cama levanto a cabeça,
levo ao céu cristalino o pensamento,
de criança pura e bonita,
que aponta no carro nuvens de beleza,

seus dentes furam minha pele,
não tenho mais dor, estou leve,
sem escudo nem espada, entregue,
então...ela me lambe! Conquistei a dúvida!

FF.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Compromisso com a inteligência


Compromisso com a ação inteligente é o lema! Temos posse de recursos ilimitados (disse ilimitados sim!) para a nossa sobrevivência. Desperdiçamos o tesouro sem dar seu devido valor. Consumimos muito mais do que precisamos, guardamos no armário e deixamos apodrecer.

No mundo de hoje temos muita alegria e emoção, que são imprescindiveis a luta e ao progresso como fonte de energia, mas falta a inteligência. Não essa do sentido genérico, mas a de conteúdo mais profundo --inteligência de perceber que eu ganho mais quando o ganho é coletivo.

Falta a administração pública, no sentido genêrico e em âmbito mundial, que a inteligência faça parte de qualquer slogan, contexto ou ação pública. Temos vários exemplos de ignorância a essa regra fundamental. Há necessidade de capacitação, estudo de técnicas de gestão de pessoas e recursos, que sejam realmente aplicados. É pelo emprego de tecnologia e respeito as tradições locais que o progresso pode se aliar a preservação ambiental, pois os dois não são autoexcludentes --vide Japão! Esse tempo já é passado. Devemos enxergar que a coexistência e inclusão são fundamentais para o nosso futuro.

Por alegria e emoção eu desmato, destruo e desrespeito a mãe natureza, que é a inteligência de todo bioma, de todo ser, na coexistencia pacífica do homem e seu ambiente, nossa casa, o mundo.

A inteligência aliada a emoção e alegria move montanhas, rompe barreiras e mata a sede do povo, de se sentir ouvido e respeitado, na dignidade de se sentir homem.

Churrasco e gola

Era uma vez um churrasco...

Como todo bom churrasco --e pra mim já começa por ai, há uma dificuldade mecânica, quase emocional, em acender a bendita churrasqueira. Folha de jornal, pão, álcool (gel e normal) e até gasolina já usei. Mas sempre peço pra alguém acender pra mim. É fácil, dizem os outros. A cada dia eu melhoro, e ela está quase pegando fogo, mesmo que usando o artifício do ventilador que usavamos lá em casa. Não nasci gaúcho, admiro quem sabe fazer um bom churrasco.

Sempre o mesmo contexto, amigos falando de mulher e mulheres falando de amigos. Quem pegou quem, e quem quer pegar quem. Só observo e tento tirar proveito, além das gargalhadas.

Eis que surgem os mais bizarros tópicos. O primeiro foi "a gola".

Churrasco só com macho é fogo. Tem que ter um colírio, aquele cheirinho de Carolina Herrera 212 que ela deixa quando balança o cabelo. Telefonemas e mais telefonemas. Surgem elas, para delírio juvenil, de quem vê como a maminha na grelha, as "novinhas" chegando na casa. E é claro, ao lado delas, o negão, de camisa rosa bêbe, que não dá um só pio a noite inteira. Nem quando eu ofereci uma linguicinha no capricho.

- Pow "bró"(falado de maneira desleixada, tem significado de "brother", gíria usada pela nova playboyzada zona sul), aquele maluco é viado. Te garanto!
- Mas, por quê?
- Bró, tu viu a gola do maluco? Perfeita lek! Impecável! Acho que tem goma naquela "pomba". Do jeito que ela tava caindo assim pra trás...formato em 'V' mesmo. Não tem como. Ninguém consegue uma gola dessa, lek. Eu nunca sai assim.
- Cara, ia te falar a mesma coisa, ai. O maluco tava sinsitro, mermo! E não falou nada, entrou e saiu, do nada ai...

Esse cara é um sábio --penso com meus botões, que se anula, e é influente, não faz sua presença notada e é lembrado. Será que ele usa mais de 10% da capacidade mental? Tem gente que deve usar. Não é por que eu não uso que outra pessoa não pode usar, né? Guardei como lição!

- Bró, e te digo mais, ele não falou nada, respondeu acenando com a mão, em zing-zang, duas vezes pra cada lado.
- Tô te falando! Dois mais dois...quatro, ele gosta de ficar de quatro --diz o outro playboy com piercing de argola na boca.
- E maluco, vou te falar mais, e a manga da camisa dele? Cumpadi, mi-li-mééétricamente dobrada, em ambos os lados.

A verdade é que ele viu isso tudo e ainda reparou na loirinha que era --vi depois que nos encontramos na balada, uma delícia e surpresa. Além é claro, da morena que na minha opinião, foi a eleita da noite --rostinho angelical. Crina negra, puro sangue. Daquelas que sempre usaram o shampoo mais caro que o dinheiro pode comprar. Em natureza, como o corcel negro, guardava um certo instinto selvagem que esperava ser descoberto.

- Também concordo, lek. Tava demais, o cara não falou nada que era pra gente não escutar a voz dele, que devia ser fina que nem a do Vanderlei Silva e a do Mike Tyson. Agora tu vê! Pow! Um negão fortão, deve ter uma voz fininha. Nada a ver! É gay, decretei!

O segundo tópico é "o churrasqueiro".


O churrasco continua e toma-lhe cerveja! Mais uma caixa. Vou em casa, ao lado, pra pegar mais carvão - que não acho! Enquanto isso 'Frodo' fica responsável pela carne. Não adianta, sempre surgem os mais engraçados apelidos nessas rodinhas de churrasco. Que na primeira leva, na minha ausência, vem uma delícia e todos me dizem o mesmo. Então espero a segunda leva dos Senhor dos anéis, com mágica e tudo pra ficar bom, se assim ele o fizer. --Tô com fome.

Vém a peça, mugindo e se estribuchando em cima da tábua.

- E ai pessoal, vocês gostam de mal passada, né?
- Claro, manda ver. É...tá mal passada mesmo.
- Mas churarsco é assim, tem que ter sangue, né?
- Tudo bem, mas assim parece que você matou a coitada ali na esquina e trouxe.

Cheio de fome eu como. Tava 'até' gostosa --também na fome, qualquer coisa presta!

- Até 3 bum, sacaneavam meu primo. Ele chegou numa menina que era gata-diziam. Rosto bonito, com dois melões macios, mais o terceiro bum que era a barriga. Aquela que puxa o top pra cima.

- Ó! Ai não, eu não peguei!
- Você não pegou por que ela não quis. Por que tu chegou!

Sacanagem com meu primo, ele começa a rir e todos acompanham.

Mas eu faço um pedido ao Frodo: Pode deixar mais um pouquinnho na grelha, cujo fogo pegou, amém!? Uns 20 minutos, mais ou menos.

- Ué, você não gostou não?

Claro! Que mentira. Faço gestos de vômito. E todos riem do Frodo. Mas também, ser churrasqueiro é uma arte milenar, igual a do halls preto. Tem que saber fazer! Aprendi o jeito de cortar a linguiça em diagonal, fica até mais bonita e maior. Enfim, coisas que um homem de 31 anos se atreve a colocar num blog, sem o minímo pudor ou preocupação das consequências virtuais que um comentário desse possa gerar.

Na balada, a primeira coisa que eu fiz foi mostrar a gola ao perceiro. E tava amarrotada hein? A do negão, impecável! Não se modificava por que ele dançava com a loirinha sem chamar na xincha! Devia ser 'amiga'. E como toda amiga, não queria estragar o figurino.

Nossa, quanta ignorância! Nêgo, te respeito. Seja quem você quiser ser, com gola ou sem gola! O negócio e ser feliz e contar história.